monsieur
jérôme não sai de casa,
despoja
as paredes dos quadros para não raptarem as sombras,
brancura
enevoada da alma sonâmbula
envolto
no robe adormece os lábios,
dizia
sossegando-se « são fragrância aquosas... »
falava
do mofo do pó da sua alergia anafiláctica,
contenção
espirro o gato salta de cima do colo.
uma
chuva intensa sangrou a pupila.
monsieur
jérôme não sai de casa,
suicidou-se
pela madrugada escurecida
a
bala ficou alojada no cérebro
onde
ocorreu a sua última imagem
-
quis ser depois, não agora
entregou
seus poemas ao fogo por prudência.
miguel.luaz
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